Que Bicho Que Deu: O Impacto da Superstição no Esporte Brasileiro
O esporte no Brasil sempre foi um reflexo da cultura rica e diversificada do país. Entre as várias peculiaridades que o cercam, as superstições desempenham um papel importante, desencadeando discussões tanto entre jogadores quanto torcedores. Um dos ditados mais populares que encapsulam esse tema é "que bicho que deu", uma expressão que carrega consigo o peso da fé, da sorte e, muitas vezes, da irreverência.que bicho que deu
No futebol brasileiro, a superstição está quase no DNA dos jogadores e torcedores. É comum ver atletas evitando certas cores ou realizando rituais antes de partidas importantes. A crença de que algo deve ser feito para atrair sorte é recorrente. O famoso goleiro Rogério Ceni, por exemplo, tinha uma série de rituais antes de cada jogo, que iam desde a maneira de amarrar suas chuteiras até as músicas que escutava no vestiário. Para ele, "que bicho que deu" não era apenas uma expressão, mas uma realidade que o acompanhava a cada defesa.
Embora o futebol seja o mais popular, outros esportes também têm suas superstições. No basquete, jogadores como Oscar Schmidt eram conhecidos por não apenas sua habilidade em quadra, mas também por rituais que previam seu desempenho. Antes de uma partida, Oscar, que é considerado um dos maiores jogadores de basquete do Brasil, não costumava lavar suas roupas de jogo. Ele acreditava que a sujeira acumulada ao longo das partidas trazia sorte – afinal, "que bicho que deu" para ele foram os recordes que estabeleceu.que bicho que deu
O vôlei, outro esporte extremamente amado no Brasil, também não escapa dessas práticas. Desde a seleção masculina, que conquistou o mundo com suas vitórias, até as equipes femininas que brilham em competições internacionais, rituais de sorte são comuns. Jogadoras costumam usar a mesma meia ou fazer um aquecimento padrão que, segundo elas, traz boa sorte. Crenças como essas refletem a ideia de que, em momentos decisivos, a ajuda sobrenatural pode fazer toda a diferença.que bicho que deu
A psicologia explica que a crença em superstições pode afetar diretamente o desempenho dos atletas. Quando um jogador acredita que determinado ritual ou objeto traz sorte, isso pode aumentar sua confiança. Essa autoconfiança acaba sendo crucial em momentos de pressão, onde a mente pode ser tão importante quanto a habilidade técnica. A psicóloga esportiva Maria Clara afirma que "quando os jogadores se sentem no controle de sua sorte, eles tendem a performar melhor". Isso nos leva a pensar que, para muitos atletas, "que bicho que deu" pode ser mais do que uma simples expressão: é uma forma de canalizar energia e confiança.
As torcidas também se engajam em suas superstições. Muitas vezes, os torcedores acreditam que seus comportamentos podem influenciar os resultados dos jogos. Uso de camisas específicas, pinturas no rosto e até mesmo rituais coletivos antes de uma partida são comuns. Lembramos do famoso “não pode deixar a pipa sair do chão”, que, para os torcedores do Flamengo, significa garantir a vitória em um clássico. Para eles, o que importa é que, no final do jogo, a resposta à pergunta "que bicho que deu?" seja positiva.
Embora as superstições sejam um aspecto divertido e interessante do esporte, é importante não perder de vista a realidade. O desempenho atlético é resultado de treinamento, dedicação e estratégia. As superstições não substituem o trabalho árduo, mas podem servir como uma ferramenta psicológica valiosa. A linha entre fé e obsessão pode ser tênue, e é essencial que os atletas mantenham o equilíbrio.que bicho que deu
O fenômeno "que bicho que deu" no esporte brasileiro é um reflexo não apenas das tradições culturais, mas também da maneira como as pessoas interagem com o que é incerto. A superstição traz um elemento de expectativa e esperança, importantes para a experiência do esporte. Seja no futebol, basquete, vôlei ou em qualquer outra modalidade, a crença de que algo especial pode influenciar o resultado das competições faz parte do nosso caráter como nação esportiva.
Assim, ao assistir a um jogo, vale a pena prestar atenção não apenas nas jogadas, mas também nos rituais que cercam os atletas e torcedores. E, da próxima vez que alguém perguntar "que bicho que deu?", saberemos que, por trás dessa expressão, existe toda uma história de fé, superação e a busca pela vitória em cada canto do Brasil.que bicho que deu
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